Um dia por vez... Presentes

 

PRESENTES

(Crônica 8 – 31/5/2021)


Ontem foi meu aniversário, dia de reflexões e vários presentes:

Primeiro – agradeci a D’us por estar viva e pelo tratamento oncológico estar de vento em popa. Estou ótima!

Segundo – estou rodeada pelo amor da minha família, e todos estão com saúde!

Terceiro – estou muito feliz porque consegui tomar a primeira dose da Coronavac! (e desejando do fundo do coração que em breve todos os brasileiros possam ser vacinados!!!).

Quarto – teve bolo e docinhos!

Quinto – pelos sem número de felicitações que recebi!

Sexto – pelos vários projetos literários em curso e outros surgindo!

Então... são só alegrias!!!

Além das reflexões e regalos, fiz uma breve retrospectiva: descobri ser portadora de câncer de mama uma semana depois do meu aniversário do ano passado, em 6 de junho de 2020.

Foi um choque!

Naquele momento fiquei fazendo mil conjecturas de como seria o futuro e como ele se desdobraria.

Mas, graças a D’us, tudo deu certo e um ano depois cá estou eu firme e forte!

Como disse a amiga Ana Lúcia Lopes Meira: “eis agora a Thais em Nova edição, revisada, ampliada, atualizada!!!”.

Talvez os maiores presentes que ganhei nesses últimos meses foram a sabedoria de como lidar com várias situações da vida e os testes do caminho, aprender a valorizar as pequenas conquistas, perceber o prazer em momentos do cotidiano, o sabor de novas experiências, praticar ainda mais boas ações, privar da amizade e convívio de pessoas equilibradas, comprometidas e altruístas, entre outras coisas.

Ser uma paciente oncológica não é nada fácil: idas constantes ao ambulatório do Icesp para consultas e exames, desconfortos dos efeitos colaterais devido aos medicamentos e terapêuticas, ficar ouvindo bobagens e patifarias de pessoas maldosas e sem noção...

Mas não pense o leitor que estou reclamando da rotina de paciente, é apenas uma constatação. Tenho muita sorte em ter acesso a um tratamento de primeira linha em um instituto de referência. Viva o SUS!

Embora seja complicado driblar esses e outros impasses, faz-se necessário seguir em frente e encarar a vida com coragem e agradecer sempre e sempre pelos milagres que recebemos diariamente, para isso temos que ter “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”!

Sigo sublimando diversas situações, consigo elevar o espírito e o coração sempre com leveza, alegria e gratidão pelos momentos aprazíveis e de lições que a vida impõe diariamente.

Caminhamos, e, se no fim do caminho não existir mais nada, inventaremos o horizonte... já registrou o poeta Paulo Bomfim em seu livro Colecionador de Minutos.

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